terça-feira, abril 30, 2013

DISLIPIDEMIAS

DISLIPIDEMIAS 


O que é?


Dislipidemias são alterações da concentração de lipídeos no sangue. Os lipídeos são responsáveis por várias funções (produção e armazenamento de energia, absorção de vitaminas, etc.), mas o excesso está relacionado à aterosclerose. Este processo ocorre em vasos onde há instalação de lesões em forma de placas, causando obstrução ao fluxo sanguíneo.

CAUSAS:

Sabe-se que, além da herança familiar, a obesidade (principalmente abdominal), a hipertensão arterial e o
diabetes são outros fatores de risco relevantes. O estilo de vida também interfere nas alterações lipídicas.
Hábitos como fumar, ter uma vida sedentária e uma alimentação inadequada, também ajudam a
desregular o perfil lipídico. Assim, evitando-se estes fatores pode-se evitar a dislipidemia, mesmo quando
existir a tendência hereditária.

As dislipidemias podem ocorrer à custa de:
  • Aumento do colesterol (total + LDL): Hipercolesterolemia pura
  • Aumento dos triglicérides: Hipertrigliceridemia pura
  • Aumento de colesterol e triglicérides: Dislipidemia mista
  • Redução de HDL

Recomendações para evitar e controlar o colesterol e os triglicerídeos:

PREFERIR:Peixes, frango sem pele, carnes magras (retirar toda a gordura visível); Leite e iogurte desnatado, queijo branco ou Ricota; Frutas e verduras frescas; Pães pobres em gordura, cereais integrais (aveia, trigo, farelo), massas sem gema de ovo, grão de bico, feijão, ervilha, lentilha, batata, arroz, mandioca; Óleos vegetais (soja, milho, canola e azeite de oliva); Café, chá, suco de frutas.
EVITAR: Carnes gordurosas, vísceras (fígado, coração), embutidos; Leite e iogurte integrais, queijos amarelos ou cremosos; Sorvetes com leite, doces com coco, chocolate e chantili  roscas, tortas, balas, chocolates; Pães com recheio, manteiga, croissant  bolachas, massas com gema de ovo; Frituras, óleo de coco e de dendê, maionese, gordura animal (toucinho, banha), molhos com creme de leite; Lasanha, canelone  ravióli e pizzas; Refrigerantes e bebidas alcoólicas.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia. IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e prevenção da Aterosclerose.




Tudo Sobre Lipídios.

Curiosidade

Tudo sobre Lipídios

Fibrose cística (FC): Esta é a doença genética letal mais comum na descendência de brancos do norte da Europa e tem uma prevalência de cerca  de 1:3.00 nascimentos. Essa doença autossômica recessiva é causada por mutações do gene da proteína reguladora da condutância transmembrana da FC (PRTFC), que funciona como canal de cloreto no epitélio. A PRTFC defeituosa resulta na redução da secreção de cloreto e no aumento da reabsorção de sódio e água. No pâncreas, a hidratação diminuída resulta no espessamento das secreções, de tal maneira que as enzimas pancreáticas não são capazes de alcançar  o intestino, levando à insuficiência pancreática. O tratamento incluí terapia de reposição enzimática.

Fonte: Bioquímica Ilustrada
30/04/13 (Postada por Orismar Almeida).


segunda-feira, abril 29, 2013



REPRESENTAÇÕES E FUNÇÕES

FUNÇÕES DOS LIPÍDIOS
Os lipídios são muito importantes (na dose certa), porque eles têm várias funções, tais como:

 ENERGÉTICA - toda energia utilizada nas atividades diárias do organismo vem das reservas de glicídios e lipídios em quantidades, relativamente, iguais;


 PROTETORA - QUATRO (4%) do lipídio corporal protege órgãos vitais, servindo de escudo contra choques e traumas sobre o coração, os rins, o baço, o cérebro e a medula espinhal;


3ª ISOLANTE - o lipídio armazenado nos tecidos subcutâneos orgânicos, age como isolante térmico num ambiente frio;


 TRANSPORTADOR - o lipídio serve para transportar as vitaminas A,D,E,K que são solúveis em lipídio (são lipossolúveis). Uma dieta pobre em lipídios poderá levar o organismo a deficiência destas vitaminas;



 SACIADOR DA FOME - a presença do lipídio no intestino delgado promove a liberação de uma substância "bloqueadora do apetite". Por isso, aconselham-se, pequenos intervalos entre as refeições, já que o lipídio leva 4 horas para ser absorvido pelo intestino delgado. Desta forma evitamos grandes porções de alimentos de cada vez.




O que diz a biologia?




    Muitas teorias sobre a fome são discutidas historicamente a respeito dos componentes biológicos. Cannon e Washburn lançaram a teoria da contração estomacal, a qual estabelece que sabemos que estamos com fome pelas contrações do nosso estômago. Em seu estudo do balão, Washburn engoliu um balão preso a um tubo, e então o balão foi inflado dentro do seu estômago. Quando o balão foi inflado, ele não sentiu mais fome. Mais tarde, esta teoria foi contradita pelo fato de que pessoas cujos estômagos foram removidos ainda sentiam fome. A teoria da glicose estabelece que sentimos fome quando nosso nível em glicose sanguínea está baixo. Bash conduziu um experimento com uma transfusão de sangue de um cachorro saciado para um cachorro com fome. A transfusão resultou em finalização da contração do estômago do cachorro com fome, e deu suporte à teoria. Mas LeMagnen sugeriu que os níveis sanguíneos de glicose não mudam muito em condições normais. A teoria insulínica sugere que sentimos fome quando nossos organismos detectam um aumento no nível de ácidos graxos. A ativação do receptor para ácidos graxos cataliza a fome. A teoria da produção de calor sugerida por Brobeck estabelece que sentimos fome quando a temperatura do nosso corpo cai, e quando aumenta a fome diminui. Isto explicaria pq tendemos a consumir mais durante o inverno.

Fome e consumo baseado em aprendizado
   
   A fome não pode ser verdadeiramente explicada somente pelos seus componentes biológicos. Como seres humanos, não podemos ignorar nossa parte psicológica, o aprendizado e os componentes cognitivos da fome. Diferentemente de outros seres humanos, nós humanos usamos um relógio externo na nossa rotina diária, incluindo quando dormimos e quando comemos. Este horário externo cataliza a fome. Por exemplo, quando o relógio aponta meio dia, hora do almoço, muitas pessoas sentem fome só pq é hora do almoço. Esta fome é catalizada pelo comportamento aprendido. Além disso, o aroma, sabor ou textura dos alimentos também disparam a fome. Por exemplo, se a pessoa gosta de batatas fritas, o cheiro delas pode despertar sua fome. Contudo, esta preferência em sabor, aroma ou textura é uma preferência aprendida culturalmente. Se uma pessoa não gosta de sushi, o cheiro dele não desperta fome. Bem interessante, pois as pessoas também sentem fome por um sabor em particular, mais especificamente, pelos 5 sabores básicos: doce, azedo, amargo e salgado. Por exemplo, um expressão ouvida com frequência é "estou com fome de algo doce". As pessoas permanecem com fome até estes 4 sabores ficarem saciados.

Fome e consumo baseados em cognição

     As cores também contribuem para a fome. Olhando uma banana amarela pode-se querer consumi-la, mas uma banana vermelha não. Da mesma forma, vermelho ou verde podem despertar fome em uma maçã, mas não azul. É difícil encontrar alimentos naturais com cor azul, porque a mãe natureza não produz alimentos azuis. Diz-se então que azul é um suprimidor de apetite. A cor afeta muito a fome.
   Muitas pessoas consomem alimentos baseados em seu conhecimento de quais alimentos são bons para a saúde. Por exemplo, baixo teor em gorduras, baixo teor em açúcar e baixo teor em sódio são reconhecidos como dietas saudáveis. De vez em quando, as pessoas aprendem a mudar sua preferência e querem consumir "bons alimentos" somente.

CURIOSIDADE:

CONSTIPAÇÃO E NUTRIÇÃO

  Os padrões normais das fezes são diferentes para cada pessoa. Algumas pessoas possuem movimentos intestinais mais que uma vez ao dia enquanto outras podem ter uma a cada 2 a 3 dias. De que forma, fezes normais não devem ser penosas ou difíceis de passarem.



Fonte:


  A constipação é definida como movimentos dos intestinos que podem ser infrequentes, duras ou difíceis de passar. A constipação pode ser um problema crônico, de longo termo, ou ocorrer de vez em quando. Pode ser resultado de medicamentos, condição médica, atividade insuficiente, ou uma dieta pobre em fibras ou líquidos.





Referências bibliográficas:

K. M. Neufeld, N. Kang, J. Bienenstock, J. A. Foster. Reduced anxiety-like behavior and central neurochemical change in germ-free mice. Neurogastroenterology & Motility, 2011; 23 (3): 255 DOI: 10.1111/j.1365-2982.2010.01620.
Elsevier. "Stress affects the balance of bacteria in the gut and immune response." ScienceDaily22 March 2011. 3 April 2011 <http://www.sciencedaily.com/releases/2011/03/110321094231.htm>. 


http://www.medicinenet.com/script/main/art.asp?articlekey=141242
http://www.sciencedaily.com/releases/2011/02/110201083928.htm
http://www.sciencemag.org/content/332/6025/32
http://www.sciencedaily.com/releases/2011/03/110323140247.htm





sábado, abril 27, 2013

Alimentação.


GENERALIDADES SOBRE ALIMENTOS
Definiremos, a seguir, alguns termos que julgamos pertinentes:
ALIMENTOS
: “toda a substância ou mistura de substância, que ingerida pelo homem fornece aoorganismo os elementos normais à formação, manutenção e desenvolvimento”. Outra definição seriaaquela que diz que alimento “é toda a substância ou energia que, introduzida no organismo, o nutre.Devendo ser direta ou indiretamente não tóxica”.
ALIMENTOS SIMPLES
: São aquelas substâncias que por ação de enzimas dos sucos digestivossão transformadas em metabólitos (açúcares, lipídios, proteínas).
METABÓLITOS
: são os alimentos diretos, ou seja, são substâncias metabolizadas depois de suaabsorção (água, sais, monossacarídeos, aminoácidos, ácidos graxos).
ALIMENTOS COMPOSTOS
: São substâncias de composição química variada e complexa, deorigem animal ou vegetal, ou formada por uma mistura de alimentos simples (leite, carne, frutas,etc).
ALIMENTOS APTOS PARA O CONSUMO
: São aqueles que respondendo às exigências das lei vigentes, não contém substâncias não autorizadas que constituam adulteração, vendendo-se com a denominação e rótulos legais. Também são chamados de alimentos GENUÍNOS. Alimentos NATURAIS são aqueles alimentos que estão aptos para o consumo, exigindo-se apenas a remoção da parte não comestível (in natura”) .                                                                                                            

                                                                                                                                   :Thiago Mesquita

ESTRUTURA
DOS LIPÍDIOS
ÁCIDOS GRAXOS
Saturados
Insaturados

Saturados:
Os saturados, que são produtos de origem animal (carnes, manteiga, creme de leite, requeijão) ou origem vegetal sólidos (gordura vegetal hidrogenada, presente, por exemplo, em sorvetes).
Insaturados:
Os insaturados, que são mais saudáveis e são encontrados na forma líquida como os óleos de canola, soja, oliva, de milho e girassol. (Tiago D’angelo)
Fonte: Revista nutriweb.

quarta-feira, abril 24, 2013

Video sobre lipídios (YouTube)


Acadêmico - Composicao serica dos acidos graxos em pacientes com diabete melito tipo 2 e microalbuminuria - Artigos Científicos, Teses e Dissertações

Acadêmico - Composicao serica dos acidos graxos em pacientes com diabete melito tipo 2 e microalbuminuria - Artigos Científicos, Teses e Dissertações

Acadêmico - Fatores que influenciam o nivel de colesterol lipideos totais e composicao de acidos graxos em camarao e carne - Artigos Científicos, Teses e Dissertações

Acadêmico - Fatores que influenciam o nivel de colesterol lipideos totais e composicao de acidos graxos em camarao e carne - Artigos Científicos, Teses e Dissertações

Acadêmico - Oxidos de colesterol colesterol lipidios totais e composicao de acidos graxos em carne de peru - Artigos Científicos, Teses e Dissertações

Acadêmico - Oxidos de colesterol colesterol lipidios totais e composicao de acidos graxos em carne de peru - Artigos Científicos, Teses e Dissertações

Acadêmico - Teores de colesterol lipidios totais e acidos graxos em cortes de carne suina - Artigos Científicos, Teses e Dissertações

Acadêmico - Teores de colesterol lipidios totais e acidos graxos em cortes de carne suina - Artigos Científicos, Teses e Dissertações

Artigo Cientifico: Papel dos lipídios no metabolismo durante o esforço

Artigo Cientifico
Autores: Priscila de Mattos Machado Andrade, Beatriz Gonçalves Ribeiro, Maria das Graças Tavares  do Carmo
Papel dos lipídios no metabolismo 
durante o esforço


Resumo
Estudos apontam que os ácidos graxos são importantes fontes de combustível para os músculos. A proposta desta revisão é discutir o metabolismo dos ácidos graxos assim como os fatores limitantes do processo de oxidação destes durante o exercício. A hidrólise dos triglicerídeos endógenos aumenta progressivamente durante exercícios e sua taxa de oxidação é determinada pela demanda energética da célula, a liberação dos adipócitos, transporte até a mitocôndria e a oxidação de outros substratos intracelulares como a glicose. Evidências sugerem que o aumento dos níveis plasmáticos de ácidos graxos em indivíduos treinados se dê em função da presença e da hidrólise dos triglicerídeos intramusculares. A oxidação de ácidos graxos é menor em exercícios intensos do que em moderados, em parte pela demanda energética da célula e alterações hemodinâmicas. Entretanto, ainda não está totalmente claro na literatura como funciona o metabolismo e a dinâmica do uso dos substratos disponíveis durante o exercício. Este artigo resume o metabolismo de lipídeos durante o exercício e as possíveis estratégias para amplificar o seu uso.
Palavras-chave: lipídeos, ácidos graxos, metabolismo, exercício físico, sistema imunológico. 



Introdução
Metabolismo oxidativo dos ácidos graxos
O organismo para manter a sua homeostase depende diretamente da correta interação entre seus sistemas constituintes, o que é alcançado através de regulações específicas e estritamente controladas, que atuam sobre um conjunto de reações denominado de metabolismo.Os lipídeos são moléculas altamente energéticas, fornecendo 9 kcal/g, estocados anidramente nos adipócitos(quantitativamente mais importante) e músculos, fazendo com que sejam mais efi cientes quanto ao estoque energético por unidade de peso do que o glicogênio. São capazes de fornecer alto número de ATP, cerca de 147 moléculas (como por exemplo, um ácido graxo de 18 carbonos), processo que depende exclusivamente do alto consumo de oxigênio (26 moléculas) para sua oxidação. O grande questionamento que é gerado em torno do metabolismo oxidativo de carboidratos e lipídeos, visando o fornecimento de ATP em situação de alta demanda energética, são as limitações do processo. O glicogênio é rapidamente depletado, o que se ocorrer, leva à fadiga. A utilização dos ácidos graxos, cujo estoque é alto, se dá em função de que é o carboidrato o substrato dominante e que torna a oxidação dos ácidos graxos limitada. Para se obter energia a partir dos lipídeos armazenados nos adipócitos, várias etapas devem ser ultrapassadas. São elas: mobilização dos ácidos graxos dos adipócitos, seguido do transporte dos mesmos até as células musculares, mobilização dos ácidos graxos dos estoques intramusculares de triglicerídeos, transporte para dentro da mitocôndria e, por fi m, a sua β-oxidação [1]. A β-oxidação consiste na oxidação completa de ácidos graxos, que são submetidos a uma seqüência de reações de oxidação, hidratação, oxidação e tiólise,fazendo com que seja encurtado para dois carbonos. Este processo resulta na formação de acetilCoA, que será metabolizada no ciclo de Krebs, via comum do metabolismo [1]. A mobilização dos ácidos graxos (AG) depende da lipólise no teci do adiposo, realizada pela enzima lipase hormônio sensível (LHS), AMP cíclico dependente [2]. A degradação pode ser iniciada via estímulo nervoso simpático, através de descarga adrenérgica, pois as células do tecido adiposo contêm receptores (β-adrenérgicos)específicos para as catecolaminas. A ativação da lipase se dá por fosforilação via AMP cíclico que vai fosforilar a enzima proteína quinase que, por sua vez, vai ativar a lipase por fosforilação [2]. No exercício, a concentração de insulina é diminuída em função da ação das catecolaminas sobre o pâncreas. A epinifrina, e em menor extensão a norepinifrina, atuam inibindo a liberação da insulina. 
No tecido adiposo, a sensibilidade dos receptores β-adrenérgicos também é aumentada levando a uma maior responsividade às catecolaminas, colaborando para o estímulo da lipólise [1].Cabe acrescentar que esta situação ocorre para exercícios de baixa a moderada intensidade, uma vez que em exercícios intensos há uma grande demanda energética, dependente dos carboidratos, o que pode levar ao aumento das concentrações de lactato. Entretanto, recentemente um estudo conduzido por Trudeau et al. [2] mostra que as concentrações de lactato não prejudicam a lipólise, onde nenhuma diferença foi encontrada quando lactato é infundido ou salina.Na lipólise, os triglicerídeos são transferidos até o sítio de clivagem enzimática [3] e, por ação da LHS, formarão glicerol e ácidos graxos. O glicerol formado, em virtude de sua polaridade, é capaz de se difundir rapidamente para o plasma. Além disso, o tecido adiposo não possui (ou possui em baixas concentrações) a enzima glicerol quinase, que não permite a reutilização do glicerol neste tecido [1].Os ácidos graxos formados na hidrólise podem sofrer reesterifi cação se associando a uma molécula de glicerol-3 fosfato, formando novos triacilgliceróis no adipócito. Este processo é denominado ciclo dos triglicerídeos-ácidos graxos [1].A mobilização dos ácidos graxos é regulada pela reesterifi cação dos ácidos graxos que não foram para a corrente sangüínea. A taxa de reesterificação, é então, dependente da habilidade do plasma em carrear os AGL e da disponibilidade da glicose para a formação de glicose-6-P. A remoção dos AGL dos adipócitos é dependente da concentração de albumina e da perfusão do sangue pelo tecido adiposo [1].A lipólise é estimulada também por glicocorticóides e GH e, inibida por corpos cetônicos, insulina e lactato que em altas taxas, favorece a reesterificação dos AGL [5]. Quando os AGL passam pela membrana celular do adipócito passivamente ou via transportadores, a saber, FAT –Fatty Acid Translocase ou FATP – Fatty Acid Transport Protein, eles se movem pelo interstício até se ligarem à albumina e passarem pelo endotélio vascular. A ligação dos ácidos graxos livres com a albumina circulante é feita através de pelo menos três sítios de ligação de alta afi nidade. Isso permite com que 99,9 % dos AGL seja carreado ligado a estes transportadores. A saturação da albumina é um fator importante na mobilização dos AGL a partir dos adipócitos. A concentração de albumina no sangue humano é de 6 mmol/l, enquanto que a concentração dos ácidos graxos está entre 0,2-1,0 mmol/l, o que em condições fisiológicas, mostra que a capacidade de transporte dos AG ligados, não é um fator limitante para a oxidação dos mesmos pela célula muscular [1].Para os triglicerídeos serem captados pela célula muscular, se torna necessário o auxílio de proteínas carreadoras, tanto para ultrapassarem a membrana celular quanto para se locomoverem no interior do sarcoplasma, até a membrana mitocondrial externa. Os carreadores já descritos até o momento são a FAT, FATP e a FABP (Fatty Acid Binding Protein). Kiens et al. [6] demonstrou que a saturação do transporte ocorreem uma certa concentração de AG, o que indica uma limitação do processo pela membrana celular. Além disso, apesar de 99,9% do AG plasmáticos serem carreados pela albumina, a captação dos mesmos parece ser dependente da fração de AGL, ou seja, 0,1% do pool total de AG no plasma [1].Uma vez presentes no citoplasma das células musculares, os ácidos graxos podem também ser esterifi cados e estocados como triglicerídeos intramusculares.O segundo momento de captação é realizado para que os AGL sejam transportados para o interior da mitocondrial e possam, então, serem β-oxidados. Este transporte se dá via carnitina. Para que a oxidação ocorra, os AG precisam ser ativados extra-mitocondrialmente. Nesse momento, sofrem ação da enzima acil-CoA sintetase, gerando um acil-CoA, onde o ácido graxo de cadeia longa é trans-esterifi cado à acilcarnitina através da ação catalítica da carnitina palmitoil transferase I localizada na face externa da membrana mitocôndria interna. A carnitina-acilcarnitina translocase age seqüencialmente, transferindo o complexo carnitina-acilCoA para a segunda carnitina palmitoil transferase, que, por sua vez, regenera a carnitina e o acil-CoA graxo. Este último, então, sofrerá sucessivas reações que vão culminar com a síntese de acetil 6A [7].
 
 
Biodisponibilidade de lipídios no exercício
O uso dos substratos durante o exercício físico é regulado por ação hormonal. Os hormônios são os principais agentes envolvidos em toda a dinâmica metabólica, acarretando mudanças nas reações como gliconeogênese, lipólise e cetogênese. Variam de concentração conforme o tipo, intensidade e duração do exercício, além de serem infl uenciados diretamente pela dieta e balanço energético do organismo. Os principais hormônios envolvidos na mobilização dos ácidos graxos são: glucagon, epinifrina, norepinifrina e também o hormônio de crescimento (GH) e o cortisol. O GH auxilia as ações das catecolaminas, potentes estimuladores da lipólise, ao passo que a insulina atua inibindo o processo. Desta forma, alterações plasmáticas de glicose seriam fundamentais para o perfi l hormonal e estímulo à lipólise.Durante o exercício, há uma estimulação do sistema nervoso simpático e aumento das concentrações plasmáticas das catecolaminas, diretamente relacionadas à intensidade do exercício. Em exercícios de baixa intensidade, o turnover dos AG aumenta cerca de cinco vezes enquanto que as concentrações de catecolaminas se elevam apenas 50% dos valores basais, ao passo que em exercícios moderados e intensos, as catecolaminas aumentam de 3-6 e de 17-19 vezes respectivamente. Mas ainda assim, existem vários fatores que vão afetar o turnover dos ácidos graxos em exercícios moderados e intensos como a perfusão do tecido adiposo, o fl uxo pela via glicolítica, a demanda energética e os níveis plasmáticos de insulina [7].
No repouso, a quantidade de AG que sai do tecido adiposo tipicamente excede a quantidade oxidada, sendo que a taxa de aparecimento no plasma é aproximadamente duas vezes a taxa de oxidação dos AG [8]. Além disso, uma grande porção dos AG liberados do tecido adiposo sofre reesterifi cação, principalmente pelo fígado [9].
Exercícios realizados de 25 a 65% do VO2 máximo (leves a moderados) estão associados a um aumento de 5 a 10 vezes na oxidação de lipídios, quando comparado às taxas de repouso, dado o aumento da demanda energética muscular e pelo aumento da disponibilidade de ácidos graxos. Em adição, o percentual dos AG que são liberados do tecido adiposo comparado àqueles que são reesterifi cados, cai pela metade [10] em função de alterações hemodinâmicas. Vale acrescentar que, o aumento da remoção de AG do tecido adiposo pelo aumento do fl uxo sangüíneo, é necessário para prevenir a acumulação localizada de AG com um grande potencial tóxico. Concentrações acima de 2mmol/l já são consideradas tóxicas [11]. Durante exercícios prolongados de baixa e moderada intensidade, a concentração plasmática de AGL geralmente aumenta e contribui para o aumento da remoção de AGL do tecido adiposo. Embora não exista uma relação linear entre a liberação de AGL musculares e a captação plasmática dos mesmos e ainda, sua oxidação durante todas as condições de exercício, a liberação de AGL para os músculos afeta diretamente a oxidação dos ácidos graxos [1].
Klein [12] demonstrou que nos primeiros 120 min de exercício a taxa de lipólise e aproximadamente duas vezes a taxa de oxidação dos AG. Entretanto, a captação dos mesmos da corrente sanguínea é similar a taxa de oxidação durante este período. Dois outros trabalhos relatam que a taxa de captação do AG é menor que a taxa de oxidação nas primeiras 2 horas de exercício [13]. Essas evidências sugerem a existência de uma outra fonte de AG (triglicerídeos intramusculares- TGIM) sendo oxidados paralelamente aos AG oriundos do tecido adiposo.Romijn et al. [14] sugere que os TGIM representem uma porção considerável de toda a gordura metabolizada durante o exercício de endurance. Outros pesquisadores avaliam a utilização dos TG plasmáticos e propõe que apenas 5% e no máximo, 10% do total de energia produzido durante o exercício seja proveniente destes lipídios [15].Após duas horas de exercício, a taxa de captação do AG se torna maior que a de oxidação, sugerindo que os AG oriundos do tecido adiposo e liberados no plasma são capazes de suprir toda a necessidade de AG dos músculos ativos durante o exercício [9].A disponibilidade de AG para a oxidação vai depender da lipólise no tecido adiposo, transporte pelo sangue e captação pela célula muscular. Entretanto, a lipólise dos triglicerídeos intramusculares pode ser um outro fator determinante na biodisponibilidade dos AG para o exercício, especialmente para atletas de endurance. Durante os primeiros minutos de exercício, a concentração de AG no plasma declina em função do atraso entre a oferta dos mesmos pela lipólise e o aumento da captação muscular. Uma vez que a lipólise é estimulada e a reesterifi cação é suprimida, a tendência é que a concentração dos AG no plasma aumente progressivamente durante exercícios sub-máximos [10]. Quando exercícios são realizados em altas intensidades (> 80% VO2máx), a disponibilidade dos AG pode ser comprometida como resultado da queda da liberação de AG do tecido adiposo [14], em parte atribuído ao acúmulo de ácido lático que ocorre nesta situação.De acordo com Turcotte [15], as contrações musculares aumentam em níveis máximos a captação de ácidos graxos e a oxidação em perfusados musculares esqueléticos. O que poderia também estar relacionado com o aumento da expressão gênica da proteína transportadora FAT. A realização de exercícios aeróbicos tem mostrado aumentar o conteúdo da proteína muscular FATP, em humanos, mas os achados mais interessantes evidenciam que a proteína transportadora FAT (FAT/CD36) seria translocada da mesma maneira que os transportadores GLUT 4, promovendo uma maior captação de AG [1].Especula-se também que o estado energético das células seria um ponto importante na ativação dos transportadores e em sua translocação durante o exercício. Seria esperado que as concentrações de Ca+2, AMP, ADP e Pi estivessem envolvidos uma vez que participam de regulações enzimáticas de várias vias metabólicas. Certamente, a ativação da enzima AMP kinase, com conseqüente aumento do AMP intracelular seria um ponto importante, pois já foi demonstrado estar correlacionado com o aumento da oxidação de ácidos graxos tanto no repouso quanto no exercício [16].Assim, a utilização dos lipídios durante os exercícios é diretamente dependente da intensidade e duração do esforço, das reservas musculares de triglicerídeos, da perfusão tecidual e da capacidade enzimática da maquinaria metabólica do organismo para atender a demanda energética durante atividades físicas.

Você sabe qual a diferença entre óleo e gordura?

a única diferença entre o óleo e a gordura é a insaturação,pois é possível transformar o óleo em gordura por meio de uma reação de hidrogenação, que é o método usado pela indústria na fabricação da margarina ou gordura vegetal a partir de óleos vegetais.

Quando você vai  ao mercantil rola sempre aquela duvida, manteiga ou margarina?


Pois fique sabendo:

Manteiga: é o produto derivado do leite, obtida por meio do batimento do creme de leite (nata), rica em gorduras saturadas e colesterol.

Margarina: obtida por meio da hidrogenação de óleos vegetais (ricos em gorduras insaturadas), que é um processo onde as moléculas de hidrogênio são incorporadas às moléculas de gordura artificialmente, a uma temperatura bastante elevada, transformando a gordura insaturada em parcialmente saturada (a alta temperatura modifica as moléculas). Durante a hidrogenação, as altas temperaturas transforma as moléculas de gordura em gorduras trans e gorduras saturadas.

De maneira geral, é mais comum consumir margarina, com o objetivo de se evitar o colesterol e as gorduras saturadas presentes na manteiga, principalmente pelas pessoas que apresentam níveis elevados de colesterol sérico (sanguíneo).
Porém, as gorduras trans inibem a ação de enzimas específicas do fígado, o que favorece a síntese do colesterol. Conseqüentemente, o consumo de margarina propicia o aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos e a diminuição do HDL (bom colesterol), por mecanismos indiretos.
Além do aumento dos níveis de colesterol, estudos indicam que as gorduras trans favorecem que as membranas percam sua flexibilidade, dificultando até mesmo a transmissão de impulsos nervosos, o que pode estar relacionado com o aumento da incidência de depressão.
Portanto, se você busca manter sua saúde em dia, diminuir os níveis sanguíneos de colesterol, evite alimentos fontes de gorduras hidrogenadas, como por exemplo, as margarinas.
Substituições mais saudáveis:
Experimente o requeijão light, cream cheese light, queijo tipo cottage, pois além do valor calórico reduzido, oferecem mais nutrientes como cálcio e proteínas. Além disso, têm mais baixos teores de gorduras em geral e gorduras saturadas em sua composição.
Fonte: saude.terra.com.br google imagens

Curiosidades

Curiosidades: 
As aves migratórias realizam vôos com duração de até 3 dias de duração.Para isso utilizam os lipídios como fonte de energia.Ao término da jornada apresentam redução de 25% a 40% do peso corporal. 

LIPÍDIOS

classificação :

por suas características diferentes,as gorduras são classificadas em saturadas e insaturadas.

Gorduras Saturadas: São encontradas em estado sólido e quando consumidas em grandes quantidades,aumentam  o risco de dislipidemias e também o de doenças cardíacas.Predominam nas gorduras animais.As principais fontes são manteiga,banha,toucinho,a gorduras das carnes e seus derivados,leite e laticínios integrais,embora alguns óleos vegetais sejam fonte de gordura como óleo de coco

Gorduras Insaturadas: Dividem-se em dois grupos; monoinsaturadas e poli-insaturadas.Ao contrário das gorduras saturadas,as insaturadas não causam problema de saúde,exceto quando consumidas em grandes quantidades.Predominam nos alimentos vegetais.

Ácidos graxos monoinsaturados: É considerada benéfica,pois ajuda a reduzir os níveis de colesterol ruim (LDL).Pesquisas tem mostrado que LDL enriquecida com ácidos graxos monoinsaturados são menos propensos a oxidar,do que quando enriquecida com ácidos graxos poli-insaturados.Uma alimentação farta em ácidos graxos monoinsaturados é uma alternativa para ajudar a reduzir a taxa de colesterol ruim no sangue.O fato de serem gorduras estáveis possibilita seu uso na culinária em temperaturas elevadas sem alterarem suas características,pois não oxidam facilmente.

As principais fontes alimentares são: azeite de oliva,óleos vegetais,provenientes do girassol,canola e arroz,gordura do abacate e das frutas oleaginosas,como castanhas,nozes e amêndoas.

Ácidos graxos poli-insaturados: Algumas gorduras poli-insaturadas são essenciais á manutenção da saúde e da própria vida,como o ômega 3 e ômega 6.

As principais fontes alimentares são óleos vegetais,como azeite,óleos de algodão,milho,soja,girassol e linhaça.Os peixes em geral são ricos em ácidos graxos poli-insaturados.

 fonte :artigo
24-04-13 ,publicado por Orismar Almeida.



segunda-feira, abril 22, 2013







Gordura e colesterol
Folheto Informativo da Vegetarian Society (Inglaterra) 

A gordura, na dieta, constitui uma fonte de energia concentrada. Os tijolos que compõem as gorduras chamam-se ácidos graxos. 
As gorduras saturadas elevam o nível de colesterol no sangue.
O colesterol existe nos alimentos animais, mas não nos de origem vegetal. É essencial para o metabolismo, mas não é necessário na dieta, pois nosso corpo pode produzir todo o colesterol de que precisa. O alto nível de colesterol no sangue é associado ao aumento do risco de doenças cardíacas. 

Gorduras e óleos são, em essência, a mesma coisa. As gorduras tendem a ser sólidas à temperatura ambiente enquanto os óleos são líquidos. O termo lipídio inclui tanto gorduras quanto óleos.


Boa Tarde !!!

Caro Elivandro, devido a sua curiosidade e sugestão de pesquisa sobre o Ômega 3, resolvemos postar tudo sobre os benefícios e as principais duvidas do consumo de Ômega 3 para nossa saúde.


Estes vídeos abaixo explica um pouco sobre os benefícios do Ômega 3.
1 - http://www.youtube.com/watch?v=SFPGJVaHfyY
2 - http://www.youtube.com/watch?v=QqgxOSsMaGM

sexta-feira, abril 19, 2013




ESTRUTURA DOS LIPÍDEOS:

Muitos lipídeos são compostos anfipáticos(ou anfifílicos), ou seja, apresentam na molécula uma porção polar, hidrofílica, e uma porção apoIar, hidrofóbica.

Um exemplo é o ácido graxo:

   Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos com uma longa cadeia carbônica (hidrocarbonetos), geralmte com número par de átomos de carbono (entre 14 e 24), sem ramificações, podendo ser saturada ou conter uma ou mais insaturações. Os ácidos graxos mais comuns são os de 16 e 18 carbonos. O grupo carboxila constitui a região polar ou hidrofílica, e a cadeia carbônica, a parte apoIar ou hidrofóbica.   (Tiago D'angelo)

quinta-feira, abril 18, 2013

INTRODUÇÃO - LIPÍDIOS EM ALIMENTOS

Compostos orgânicos formados geralmente insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos tais como éter etílico, éter de petróleo, acetonaclorofórmio, benzeno e alcoóis.Os métodos rotineiros para determinação quantitativa de lipídeos baseiam-se na extração da fração lipídica por meio de um solvente orgânico adequado.Após extração e remoção do solvente, determina-se gravimetricarnente a quantidade de lipídeos presente. O resíduo obtido não é, na verdade,constituído unicamente por triglicerídios, mas por todos os compostos que, nas condições da determinação, possam ser extraídos pelo solvente, mas em quantidades relativamente pequenas, que não chegam a representar uma diferença significativa na determinação.A escolha do solvente vai depender dos componentes lipídicos existentes no alimento. A extração com solvente é mais eficiente quando o alimento é secoantes da análise, pois existe maior penetração do solvente na amostra.

                                                                                                                Por:Thiago Mesquita

quarta-feira, abril 17, 2013





Digestão e absorção dos Lipídios:

Os lipídios da dieta são emulsificados no duodeno pela ação detergente dos sais biliares. Os sais biliares são moléculas anfipáticas sintetizadas pelo fígado a partir do colesterol e temporariamente armazenados na vesícula biliar e liberados no intestino delgado após a ingestão de gorduras. Os principais são o glicocolato de sódio e o taurocolato de sódio derivados dos ácidos glicocólico e taurocólico, respectivamente. A emulsificação é possível pela natureza anfipática dos sais biliares. A porção polar das moléculas de sais biliares, interage com a água, enquanto o grupo não-polar interage com os lipídeos hidrofóbicos. Desse modo, os lipídios são finamente dispersos no meio aquoso.

Três enzimas hidrolíticas são encontradas no suco pancreático secretado no duodeno: lipase−pancreática, colesterol−esterase e fosfolipase A2.


Os ésteres de colesteril ingeridos na dieta são emulsificados pelos sais biliares e, então, hidrolisados pela colesterol−esterase a colesterol e ácidos graxos livres:
Éster de colesteril + H2O → colesterol-elastase→ Colesterol + ácidos graxos


Os produtos da lipólise são incorporados a miscelas mistas com sais biliares conjugados. As miscelas são os principais veículos no movimento dos ácidos graxos, monoacigliceróis e glicerol da luz para a superfície das células da mucosa intestinal onde ocorre a absorção. Na ausência de sais biliares, a absorção dos lipídeos é drasticamente reduzida com a presença excessiva de gorduras nas fezes (esteatorréia).


Na célula da mucosa intestinal, o destino dos ácidos graxos absorvidos é determinado pelo comprimento de suas cadeias carbonadas. Ácidos graxos de cadeia curta (2-10 átomos de carbono) são hidrossolúveis, sendo diretamente liberados para o sangue portal sem alterações e transportados ao fígado unidos à albumina. Os ácidos graxos de cadeia longa são convertidos novamente em triacilgliceróis e agrupados com o colesterol, fosfolipídeos e proteínas específicas (apolipoproteínas) que os tornam hidrossolúveis. Esses agregados lipoprotéicos são denominados quilomícrons e são liberados para os vasos linfáticos intestinais e a seguir para o sangue.
A lipoproteína-lipase ligada à superfície endotelial dos capilares sangüíneos, converte os triacilgliceróis dos quilomícrons em ácidos graxos e glicerol. Esses compostos são captados por vários tecidos, principalmente, o adiposo e o muscular. A lipoproteína-lipase é ativada por ligação a uma proteína componente dos quilomícrons, a apoproteína C−II.


A concentração de ácidos graxos livres no organismo é baixa, pois suas moléculas são detergentes (formam micelas) e podem romper as membranas celulares. Após entrar nas células, provavelmente com o auxilia de proteínas, os ácidos graxos podem ser (1) oxidados para gerar energia, (2) armazenados como triacilgliceróis ou (3) usados para a síntese de membranas.
OBS: Muitos ácidos graxos são empregados pelo fígado e células musculares, especialmente no músculo cardíaco, que prefere utilizar ácidos graxos mesmo quando houver disponibilidade de carboidratos.

Absorção dos Ácidos Biliares
A absorção dos lipídios dietéticos já terá sido tipicamente completada quando essas substâncias alcançarem o jejuno médio, em contraste os ácidos biliares são absorvidos essencialmente na parte terminal do íleo.
Por: Thiana Weilla

Metabolismo dos Lipídeos

  Metabolismo dos Lipídeos

 " Na economia energética das células,as reservas de glicose são como dinheiro vivo,considerando-se os lipídeos de reserva uma poupança "gorda". A energia potencial dos lipídeos reside nas cadeias dos ácidos graxos dos triglicerídeos.Quando há calorias em excesso,os ácidos graxos são sintetizados e armazenados nas células adiposas.Quando a demanda de energia é grande,os ácidos graxos são catabolizados para liberar energia. A síntese de ácidos graxos começa com acetil-CoA,à qual são adicionados átomos de carbono,normalmente dois de cada vez,formando uma cadeia de hidrocarbonetos crescente.O catabolismo ocorre na direção oposta ,começando com o grupo carboxila,convertendo resíduos de ácidos graxos de cadeia longa em acetil-CoA,que é oxidada subsequentemente no ciclo do ácido cítrico.A acetil-CoA é oxidada no ciclo do ácido cítrico para produzir energia,que é armazenada temporariamente como ATP. As vias de síntese de catabolismo dos lipídeos ocorrem simultaneamente, mas em partes diferentes da célula. Se tais vias fossem operar ao mesmo tempo e no mesmo lugar,os lipídeos seriam quebrados assim que fossem sintetizados. "

Por:  Thiana Weilla

terça-feira, abril 16, 2013

LIPÍDEOS
       
  São substâncias cuja característica principal é a insolubilidade em solventes polares e a solubilidade em solventes orgânicos (apolares), apresentando natureza hidrofóbica, ou seja, aversão à molécula de água.



Os lipídios podem ser classificados em :

Glicerídeos



São materiais formados por glicerol e ésteres de ácidos graxos. Esses compostos podem se encontrar no estado sólido e líquido, o estado físico dos glicerídeos vai determinar sua denominação, por exemplo: glicerídeos sólidos dão origem a gorduras e os líquidos correspondem aos óleos.

Cerídeos 

São formados pela união de álcool a uma ou mais moléculas de ácidos graxos. Compreende as ceras animais e vegetais, sendo mais frequente no reino vegetal. Embora tenha valor econômico, não têm a mesma importância que as gorduras e óleos. As ceras de carnaúba e de babaçu, por exemplo, constituem bases alternativas para geração de energia. São encontrados também na secreção de alguns insetos, como a cera das abelhas.




Carotenoides

São pigmentos lipídicos amarelos, vermelhos e laranjas, insolúveis em água e solúveis em óleos e solventes orgânicos. Estão presentes nas células de todas as plantas, nas quais desempenham o papel importante no processo de fotossíntese. Os carotenoides são importantes também para os animais. Por exemplo, a molécula de caroteno de um carotenoide alaranjado presente na cenoura e em outros vegetais, é matéria-prima para a produção da vitamina A, essencial a muitos animais. Essa vitamina é importante, por exemplo, para nossa visão, pois é precursora do retinal, uma substância sensível à luz presente na retina dos olhos dos vertebrados.




Fosfolipídios



Formam a camada dupla da membrana celular. A molécula do fosfolipídio solubiliza-se, ao mesmo tempo, com a água e com os lipídios. Isso é possível porque possui uma porção hidrófila (afeição a água), o fosfato, e uma porção hidrófoba (aversão a água) constituída pelas cadeias lipídicas. Os principais exemplos de fosfolipídios são a lecitina e a cefalina.


Esteróides


São Lipídios que não possuem ácidos graxos em sua estrutura. São derivados do ciclopentanoperidrofenantreno, um composto que consiste de quatro anéis não-planares fusionados.

esteroide mais importante é o colesterol, que possui um grupamento OH na posição C3. Esse grupamento polar OH confere-lhe um fraco caráter anfipático, permitindo que este esteroide seja um componente majoritário das membranas plasmáticas animais; enquanto que seu sistema de anéis fusionados lhe fornece uma rigidez maior do que outros lipídios de membrana.


O colesterol é o precursor metabólico dos hormônios sexuais, do glicocorticóides, mineralocorticóides, ácidos e sais biliares e vitamina D.
O colesterol pode também ser esterificado a cadeias longas de ácidos graxos formando ésteres de colesterol, os quais são totalmente hidrofóbicos, não fazendo parte da constituição da membranas biológicas.

No próximo encontro falaremos mais da classificação dos lipídeos.

(Orismar Almeida).



Toda Segunda-Feira falaremos dos Representantes e Funções que caracterizam os Lipídios, pois hoje falaremos sobre Ovo.

Conheça os benefícios do ovo
VOCÊ SABIA QUE COMER OVO NO CAFÉ DA MANHÃ AJUDA A EMAGRECER? SAIBA O QUE ESSE ALIMENTO TEM DE MELHOR E COMO PREPARÁ-LO DE DIFERENTES MANEIRAS.
                         
     
                           



Ovo saudável é o que não tem rachaduras na casca. “Pode entrar bactéria neste ovo”, alerta Vanessa Oliveira, nutricionista.
E nunca lave o ovo antes de guardá-lo na geladeira. “A salmonela está na casca do ovo. A casca do ovo é muito fina, e quando eu lavo este ovo eu propicio que esta bactéria entre dentro dele. Após lavar, coloque direto na panela para prepará-lo”
Todo ovo tem ácido fólico, uma vitamina que combate a anemia, reduz o risco do mal de Alzheimer, previne doenças cardíacas, derrames e ainda ajuda controlar a hipertensão.

Dica de como preparar:

Ponto do ovo cozido 
Colocar o ovo na água fervente. Se você gosta dele mais mole deixe por 5 minutos. Pra quem gosta mais durinho, nove minutos. Para a casca não quebrar, coloque uma colher de sopa de vinagre na água.

Ponto do ovo frito
No fogo alto o ovo frita mais rápido e a gema fica mais mole. No fogo mais baixo, ele frita mais lentamente e a gema fica mais durinha. Segundo os nutricionistas, a gema deve ficar um pouco mole. Use pouco óleo para fritar.
                                                                       

(Josineto Nogueira Feijó)