O METABOLISMO DO COLESTEROL
Síntese do colesterol:
Nos seres humanos, o colesterol pode ser sintetizado a partir do acetil-CoA. O fígado, seguido do intestino, são os principais locais da síntese do colesterol, podendo produzi-lo em grandes quantidades. Pode também ser produzido nos testículos, ovários e córtex adrenal.
Nos seres humanos, o colesterol pode ser sintetizado a partir do acetil-CoA. O fígado, seguido do intestino, são os principais locais da síntese do colesterol, podendo produzi-lo em grandes quantidades. Pode também ser produzido nos testículos, ovários e córtex adrenal.
Transporte de colesterol:
O colesterol proveniente da dieta, chega ao fígado a partir de
quilomícrons remanescentes e daí provoca a inibição da síntese da enzima da
HMG-CoA redutase, diminuindo com isto a síntese endógena.Antes de deixar os hepatócitos (células do fígado), o colesterol incorpora-se nas lipoproteínas VLDL (lipoproteína de densidade muito baixa). Estas, na corrente sanguínea, recebem as apoproteínas E e C2 das HDL (lipoproteína de alta densidade) e, ao passar pelos capilares dos tecidos periféricos, são transformadas em IDL (lipoproteína de densidade intermediária) e depois em LDL. Em indivíduos normais, aproximadamente metade das IDL retornam ao fígado, através dos receptores LDL, por endocitose (LDL e IDL contêm apoproteínas que se ligam especificamente aos receptores LDL – aproximadamente 1.500 receptores por célula), e os remanescentes IDL são convertidos em LDL.
Após ligação com LDL, a região da membrana contendo o complexo receptor-lipoproteína, invagina-se, migra através do citoplasma celular e funde-se lisossomos. A LDL é degradada nestas organelas e os ésteres de colesterol hidrolisados pela enzima colesterol-esterase lisossômica. O colesterol liberado é ressintetizado a éster dentro da célula e pode inibir a produção da redutase dentro de poucas horas, diminuindo com isto, a síntese do colesterol intracelular.
Regulação da síntese do colesterol:
a- Inibição por “feed-back”: o colesterol proveniente da
dieta inibe a síntese de colesterol no fígado, mas não no intestino, através da
inibição da síntese da HMGCoA redutase.b- Ritmo circadiano: a síntese de colesterol atinge o pico 6 horas após ter escurecido e o mínimo aproximadamente 6 horas após a reexposição à luz. A atividade é regulada ao nível da enzima HMGCoA redutase.
c- Regulação hormonal: insulina aumenta a atividade de HMGCoA redutase enquanto glucagon e cortisol inibem a atividade da enzima.
ALGUMAS ARMAS QUÍMICAS CONTRA COLESTEROL |
Existem 4 tipos de drogas para o tratamento da
hipercolesterolemia:
è Inibidores competitivos da
HMG-CoA redutase: agem inibindo uma das etapas na biossíntese do colesterol;
também aumentam o número de sítios receptores de LDL no fígado. Inibidores como
a mevinolina (Iovastatina) podem reduzir em 50% os níveis de colesterol.
èMisturas de Fibras e
Proteínas: conduzem ao aumento do catabolismo do colesterol com o objetivo
de repor a perda de sais biliares. O conseqüente decréscimo do nível sérico de
LDL induz à síntese de receptores LDL (exceto na hipercolesterolemia familiar).
Infelizmente, a queda do colesterol plasmático também induz a síntese da enzima
HMG-CoA redutase, a qual eleva a biossíntese do colesterol, resultando numa
queda de apenas 15 a 20% do nível sérico do lipídeo
è Sequestradores de ácido
biliar: administração de resinas que se ligam aos ácidos biliares. Reduzem a
reabsorção dos ácidos biliares e assim mais colesterol do fígado e das LDL é
desviado para produzir os ácidos biliares. Dessa maneira, diminuem a
concentração de colesterol em 15-20%, por promoverem a conversão de parte do
colesterol plasmático em ácidos biliares.
è Ácido Nicotínico: também
conhecido com vitamina B3, esta droga é capaz de diminuir a concentração de
VLDL; o que acaba por reduzir a concentração de LDL e aumentar a concentração de
HDL..
O QUE FAZER NA DIETA: Substituição de ácidos graxos
saturados por ácidos graxos poliinsaturados (ex.: ácido linoleico): são mais
rapidamente metabolizados no fígado, diminuindo a concentração de colesterol
plasmático
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Portanto, concluímos que o uso combinado de medicamentos e dieta
poderá resultar numa queda plasmática do colesterol de 50 a 60%, de um histórico
familiar de hipercolesterolemia; alerta a necessidade de instituir o tratamento
desde a infância do indivíduo como conduta preventiva indispensável.
CONTROLE DA ATIVIDADE DIGESTIVA:
A presença de alimento na boca, a simples visão, pensamento ou o
cheiro do alimento, estimulam a produção de saliva.Enquanto o alimento ainda está na boca, o sistema nervoso, por meio do nervo vago, envia estímulos ao estômago, iniciando a liberação de suco gástrico. Quando o alimento chega ao estômago, este começa a secretar gastrina (1), hormônio produzido pela própria mucosa gástrica e que estimula a produção do suco gástrico. Aproximadamente 30% da produção do suco gástrico é mediada pelo sistema nervoso, enquanto os 70% restantes dependem do estímulo da gastrina.
Com a passagem do alimento para o duodeno, a mucosa duodenal
secreta outro hormônio, a secretina (2), que estimula o pâncreas a
produzir suco pancreático e liberar bicarbonato.
Ao mesmo tempo, a mucosa duodenal produz colecistocinina
(ou CCK) (3), que é estimulada principalmente pela presença de gorduras
no quimo e provoca a secreção do suco pancreático e contração da vesícula biliar
(4), que lança a bile no duodeno.Em resposta ainda ao quimo rico em gordura, o duodeno secreta enterogastrona (5), que inibe os movimentos de esvaziamento do estômago, a produção de gastrina e, indiretamente, de suco gástrico.
Hormônio | Local de produção | Órgão-alvo | Função |
Gastrina
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estômago
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estômago
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Estimula a produção de suco gástrico.
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Secretina
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intestino delgado
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pâncreas
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Estimula a liberação de bicarbonato.
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Colecistocinina
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intestino delgado
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pâncreas e vesícula biliar
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Estimula a liberação da bile pela vesícula biliar e a liberação
de enzimas pancreáticas.
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Enterogastrona
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intestino delgado
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estômago
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Inibe o peristaltismo estomacal e a produção de gastrina.
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